Mitos e Verdades


O idoso que começa a fazer as coisas mais lentamente e tem dificuldade para lembrar de alguns fatos recentes está começando a ficar com demência.

MITO
Na verdade, durante o envelhecimento é normal que os movimentos fiquem mais lentos e também que se esqueça fatos mais recentes, isso porque algumas funções diminuem como a atenção e outras ficam mais lentas, como o processamento de informações, no idoso. É preciso ficar atento ou procurar um médico, caso esses esquecimentos prejudiquem muito a rotina de vida do idoso e sua capacidade de resolver suas próprias questões como lembrar o ônibus que precisa pegar, a rua onde mora, o nome de parentes mais próximos. Somente com a avaliação feita por um profissional médico ou psicólogo é possível confirmar o quanto alguns esquecimentos podem ser sinal de alguma demência.


Mesmo com algumas dificuldades, os idosos podem aprender coisas novas, podendo até mesmo voltar a estudar ou fazer um curso novo.

VERDADE
Se o idoso for bem estimulado com atividades corretas, ele pode aprender coisas novas, e isso inclusive é bom para a mente/cognição. Para que o idoso aprenda coisas novas é preciso evitar pressão de tempo, tensão emocional, de maneira que ele se sinta a vontade e estabeleça um ritmo próprio.


No envelhecimento saudável, a memória do idoso fica totalmente prejudicada.

MITO
Algumas perdas na memória são normais no envelhecimento, como a memória de fatos recentes, a capacidade de gravar muitos números, a capacidade de prestar atenção em várias coisas ao mesmo tempo, planejar uma ação mais complicada, etc. Por outro lado, existem algumas memórias que ficam preservadas, como a de fatos mais antigos da própria vida, o conhecimento das coisas que aprendeu, os significados das coisas, etc.


Quem faz atividade física procura estudar (ou ler, fazer palavras cruzadas, etc) se alimenta de forma saudável pode ter menor perda nas funções da memória.


VERDADE
Algumas vitaminas são importantes para a atividade do cérebro e a transmissão de informações, enquanto a atividade física estimula a saúde em geral. Estudar, ler e fazer atividades como palavras cruzadas melhora o raciocínio e o processamento de informações, além de serem fatores de proteção para o cérebro no envelhecimento.


A memória não tem nada a ver, ou seja, não é afetada por doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e AVC.

MITO
Idosos que têm algum tipo de doença crônica correm maior risco de desenvolver problemas sérios de memória, principalmente em períodos de pico, porque essas doenças podem afetar a circulação de sangue e oxigênio no cérebro. 


O treino cognitivo não tem a mesma função que alguns jogos, como os de computador e vídeo games para idosos.

VERDADE
O treino cognitivo foi criado ou é utilizado cuidadosamente por profissionais que estudam o envelhecimento para melhorar o funcionamento mental. Deve ser aplicado conforme for percebida uma determinada dificuldade do idoso, por exemplo, se tem problemas para lembrar dos sons, existe um treino que o ajuda neste problema. Já alguns jogos não são produzidos ou utilizados com este objetivo, podendo ter consequências bem diferentes das esperadas, dependendo do tipo de jogo e de como é jogado pode provocar tensão emocional, cansaço na mente ou na visão.


O treino cognitivo serve para evitar todas as perdas cognitivas nos idosos.

MITO
O treino cognitivo não serve para evitar e sim para diminuir ou compensar as perdas cognitivas esperadas para a velhice.

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Referências

Neri & Neri. (2011). Envelhecimento Cognitivo. In: Tratado de Geriatria e Gerontologia. Freitas & Py et al. Rio de Janeiro: Guanabara.

Neri & Neri. (2011). Memória e Envelhecimento: Aspectos Cognitivos e Biológicos. In: Tratado de Geriatria e Gerontologia. Freitas & Py et al. Rio de Janeiro: Guanabara.